Quando o assunto é comprar alimento, muitas pessoas deixam de olhar a lista de ingredientes colocada na parte de trás dos produtos, que é onde estão localizados os aditivos alimentares

Esses ingredientes adicionais são inseridos com diversas finalidades, mas o que muitos consumidores não imaginam é que eles impactam e muito a saúde, muitas vezes sendo considerados estranhos pelo organismo.

Por isso, saber para que os aditivos alimentares servem, como identificá-los e quais as reações que eles podem causar no corpo é essencial para manter uma boa qualidade de vida e se livrar de doenças alimentares. Para te ajudar, criamos este artigo com tudo o que precisa saber. Acompanhe.

O que são e para que servem os aditivos alimentares?

Os aditivos alimentares são definidos pelo Ministério da Saúde como os ingredientes que são adicionados aos alimentos, que não possuem um fator nutricional e servem para modificar as características de um produto.

Essa modificação pode ser física, química, biológica ou mesmo sensorial, que abrangem as etapas de fabricação, preparação, processamento, tratamento, embalagem, armazenamento, acondicionamento, logística ou manipulação.

Além disso, podem ser sintetizados em laboratório ou retirados de fontes naturais, que justificam o emprego dos aditivos alimentares em razão de aspectos nutricionais, sensoriais ou tecnológicos, como aumento do prazo da validade.

Outras finalidades também são garantir maior segurança alimentar, troca de ingredientes, melhorar as características sensoriais como o sabor ou redução de calorias, por exemplo. Contudo, não servem para encobrir defeitos nos alimentos.

Mecanismos de controle dos aditivos alimentares

Os aditivos alimentares são divididos em 23 classes funcionais e passam por avaliações toxicológicas que consideram vários fatores para a sua liberação, como efeitos sinérgicos, acumulativos e de proteção.

Com isso, a aprovação deles é de responsabilidade dos organismos de saúde e vigilância sanitária, que no Brasil é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que também considera outras referências internacionais como o Codex Alimentarius e outras.

Nesse processo são consideradas boas práticas de fabricação, a determinação dos alimentos em que os ingredientes podem ser adicionados, seus limites máximos e as restrições de uso, sendo uma prática que com o tempo é reavaliada quando necessária.

Assim, o uso desses adicionais nos alimentos é limitado sob os cuidados do conhecimento científico atualizado e suas dosagens levam em consideração os estudos feitos em animais de várias espécies.

Tipos de aditivos alimentares

Na lista dos aditivos alimentares autorizados para o consumo dos seres humanos, existe muita variedade, mas entre ela os que são mais utilizados e encontrados nos alimentos são os corantes, adoçantes, conservantes, aromatizantes e intensificadores de sabor.

Para saber mais sobre cada um deles, acompanhe abaixo:

Corantes

Esse tipo de aditivo alimentar serve para intensificar ou preservar a coloração de um produto. São geralmente utilizados em bebidas, doces e molhos, e entre os exemplos estão o açafrão, betacaroteno e extrato de cochonilha.

Adoçantes

Os adoçantes são utilizados também em doces e bebidas, mas também em iogurtes e outros alimentos, que trazem doçura no sabor e podem ou não apresentarem calorias a mais, sendo exemplos comuns a sucralose, aspartame e sacarina.

No entanto, alguns estudos indicam que esses aditivos alimentares estão associados a problemas na composição e funcionamento das bactérias do intestino, que afetam a microbiota e a saúde intestinal do nosso organismo.

Mesmo que os dados não sejam tão precisos quanto à forma que afetam essas bactérias e as causas da patogenicidade, os resultados mostram uma capacidade de aumentar a resistência de bactérias que se aderem à superfície dos tecidos, aumentando a capacidade da microbiota intestinal aderir, invadir e atacar o epitélio intestinal.

Conservantes

Outro dos aditivos alimentares são os conservantes, utilizados para fazer um alimento durar mais do que em sua forma natural, evitando que estraguem por conta de bactérias e fungos, alterações na cor, sabor e textura.

Eles podem ser encontrados em bebidas, alimentos cozidos e ricos em gorduras, cereais e outros produtos, sendo alguns exemplos comuns o ácido cítrico, ácido ascórbico, nitrito de sódio e o sorbato de cálcio.

Aromatizantes

Já os aromatizantes são mais utilizados nas experiências sensoriais, adicionando sabores e aromas, geralmente utilizados em doces, bebidas, sobremesas e molhos. Entre os exemplos utilizados estão as especiarias, aromatizantes naturais e artificiais.

Intensificadores de sabor

Por fim, existem também os intensificadores de sabor, que reforçam o sabor dos alimentos e são utilizados geralmente em produtos processados. Os exemplos mais utilizados são o glutamato de sódio, o extrato de leveduras e a proteína de soja hidrolisada.

A relação entre aditivos e reações alérgicas

Falamos um pouco da saúde intestinal que é afetada pelos adoçantes, mas existem outros estudos que indicam relação entre os aditivos alimentares e reações alérgicas, como os conservantes, corantes e adoçantes artificiais.

Entre os diversos tipos e finalidades, esses ingredientes podem atrair mais as pessoas, em especial as crianças, melhorando a textura e consistência dos alimentos, a cor ou mesmo o sabor, geralmente mais doce.

No entanto, esses aditivos alimentares não têm função de nutrição ou fornecem benefícios à saúde, pelo contrário, dificultam ainda mais a avaliação médica diante dos casos de subnotificação, que aumentam a suspeição clínica.

Os estudos feitos indicam que o uso deles aumentam os riscos de efeitos na saúde como alergias, hipersensibilidade e até mesmo câncer, além dos teores de gordura, açúcar e sódio bastante elevados.

Alguns exemplos

Mesmo que no Brasil os aditivos alimentares sejam permitidos pela Anvisa e passem por estudos toxicológicos, é possível desenvolver algum tipo de reação alérgica, entre outras, com o uso deles nos alimentos.

Entre os aditivos alvos dos estudos estão os conservantes como nitritos e nitratos, que são adicionados em produtos como a salsicha e presunto e são eficientes contra micróbios, além de trazer uma cor rosada aos alimentos.

No entanto, as pesquisas apontam que o consumo em excesso tem relação com o aumento do risco de desenvolver algum tipo de câncer.

Já entre os corante, o amarelo de tartrazina é considerado um dos mais perigosos, pois mesmo permitido pelos órgãos de fiscalização, está associado a crises de bronquite, asma, rinite, náuseas, dores de cabeça, broncoespasmos, urticária e eczema.

É muito comum que pessoas que possuem alergia à aspirina muitas vezes reagem à tartrazina. Mas além dela, os edulcorantes (adoçantes), também estão associados a dores de cabeça e outras reações.

Contudo, os médicos e especialistas pontuam que os efeitos ruins dos aditivos alimentares também estão relacionados à dosagem, pois o excesso é o maior inimigo nesse cenário.

Como identificá-los nas embalagens?

Diante disso, é claro, saber identificá-los nos produtos é essencial para cuidar da saúde alimentar, pois alguns alimentos podem parecer bonitos e atraentes, mas com um potencial enorme de causar problemas de saúde.

Por lei, os aditivos alimentares precisam obrigatoriamente aparecer no fim da lista de ingredientes das embalagens, como o fundo do pote de margarina, verso de pacotes de balas e maionese, por exemplo.

Além disso, muitas marcas indicam em destaque nas embalagens que o produto em questão não contém conservantes ou aromatizantes, mas nem sempre isso quer dizer que não existam outros aditivos alimentares em sua composição.

Por isso, para identificá-los, olhe sempre o verso dos produtos, que muitas vezes também utilizam o INS, Sistema Internacional de Numeração, principalmente os importados, que muitas vezes são representados por siglas com números.

Um exemplo disso é o que acontece geralmente com os vinhos, onde você pode encontrar na lista de ingredientes o conservante ácido sórbico, também indicado como conservante INS 200, que indica o mesmo aditivo.

Portanto, sempre verifique o verso das embalagens, principalmente dos alimentos processados e ultraprocessados, e procure por aditivos como espessantes, estabilizantes, glutamato-monossódico, ácido ascórbico, BHT, BHA e nitrito de sódio, que são bastante comuns.

Como evitá-los?

Não há problema em utilizar aditivos alimentares para fazer um produto durar mais ou ter um aspecto mais atraente, como uma cor mais vibrante ou uma textura mais viçosa. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados.

O primeiro deles, é claro, é optar por uma alimentação que envolve uma diversidade de alimentos orgânicos e in natura, que são livres desses ingredientes e podem ser encontrados em feiras e sessões orgânicas nas lojas.

Atualmente é possível encontrar até mesmo produtos industrializados que são minimamente processados, sem uso de aditivos alimentares ou que contenham aditivos naturais, como os corantes à base de frutas, por exemplo.

No entanto, dê sempre preferência para alimentos em sua forma natural, como frutas e verduras, grãos, ovos e outros produtos que sejam produzidos sem o uso de agrotóxicos ou ingredientes adicionais, mesmo que façam eles durarem mais.

Observe o rótulo e equilibre as vontades

Nunca esqueça de olhar o rótulo dos alimentos processados e procure sempre pelos alimentos com uma lista reduzida de ingredientes, evitando principalmente aqueles com nomes e números estranhos.

Além disso, mesmo que esses produtos ofereçam facilidade de uso e conservação, nem sempre é possível equilibrar a vontade com a saúde, por isso, invista na criação e manutenção de hábitos saudáveis.

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